quinta-feira, 5 de maio de 2011

"autorizar-se a ser mãe" da autoria de Adriana Tanese Nogueira


Autorizar-se a ser mãe

 da autoria de

 Adriana Tanese Nogueira

                                   

"Acredito que uns dos choques maiores para muitas mulheres
 no pós-parto esteja na percepção de que "aquilo tudo" 
é maior do que ela pensava. O que está em jogo, porém, 
não é somente a questão prática e material, ou seja o
 trabalho braçal que um recém-nascido dá. Estar 24 horas
 por dia disponível para outra criatura que precisamos
 aprender a decifrar é um desafio mas a raíz da 
dificuldade está não no esforço mas, acredito eu, em algo
 mais profundo que nem sempre vem à tona: a autorização
 a ser mãe.


Não vou dizer o que é ser mãe. 
Qualquer coisa que isso seja, é algo grande, intenso e
 profundo. A questão está em permitir que essa "coisa" 
que se chame maternidade penetre e remodele
 nossa vida. Se trata de aceitar o que der e vier, dizer
 sim à uma nova vida, completamente desconhecida.
 O que quer que seje a maternidade para cada mulher, 
uma coisa ela precisa fazer, até para descobrir o que 
é a maternidade para ela: ela precisa deixar-se levar,
 entregar-se, consentir a ter sua vida mudada.

A autorização consiste em duas etapas:
1) Autorizar-se a mergulhar na experiência, porque
 somente assim ela poderá vivê-la por inteiro, realizá-la
 com sucesso e ser uma mãe responsável e feliz.
2) Autorizar-se a pedir (e até mesmo a exigir) ajuda.
 Uma mulher com recém-nascido precisaria de ajuda 
e ela precisa saber que tem o direito de pedi-la. 
Tornar-se mãe é mudar o foco e as prioridades.
 
Há mulheres que não se acham no direito de dedicar 
o tempo e as energias necessárias a viver em plenitude
 a experiência da maternidade. Há outras que se 
sentem eternamente em culpa por "incomodar" os 
outros e não conseguem pedir ajuda. Há enfim 
aquelas que se sentem cobradas pela sociedade e
 sua mentalidade antiga a manter atividades 
profissionais como antes do parto. Enfim, há 
aquelas mulheres que não se sente à altura de 
serem responsáveis pelo filho e acham que não
 vão dar conta.

Para todas elas a resposta é a mesma: sem ser 
atingida em cheio pela maternidade ela não vai
 dar certo de verdade. Não tem como aprender 
a nada se segurando na rocha ou mergulhando só 
as pontas dos pés na água. Vale a pena se jogar 
no mar."


fonte: http://www.humanizacaoesperta.
com/2010/12/autorizar-se-ser-mae.html

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

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